Coleção Lobato

A primeira leva da obra reeditada de Monteiro Lobato pela Sesi-SP Editora traz oito livros. Para cada volume, foi convidado um ilustrador. Participaram desse projeto artistas brasileiros e portugueses. Nesse lote, os ilustradores foram: Anabella López, Cátia Vidinhas, David Penela, Guazzelli, Jorge Mateus, José Saraiva e Psonha. O projeto gráfico, criado pela Entrelinha, tem como referência a época áurea dos livros escolares criados por Lobato. O passado histórico foi redesenhado sob um viés contemporâneo.

As publicações dos chamados livros escolares de Lobato (1921 a 1931) foram a base de pesquisa para criação visual dessa coleção. A quarta capa é assinada por Magno Silveira, que deu todo o suporte para a pesquisa iconográfica do projeto.

Na capa, foi escolhida uma tipografia art deco no nome do autor, cujo desenho geométrico é potencializado pelo uso de duas cores. No título, foi aplicada uma tipografia racionalista que cabe para todos os volumes.

Cada livro possui um duo-base de cores trabalhado na capa e no miolo.

A partir das letras ML, foi criado um ex-libris – uma referência da época, conceito de propriedade (este livro pertence a…) –, com espaço para o leitor escrever o próprio nome. Esse ex-libris está impresso na primeira página do miolo.

Aplicação de moldura ilustrada com vinhetas no sumário e captulares marcantes no início dos capítulos – recursos utilizados nos livros escolares do Lobato – também foram transportados para esse projeto.

No miolo, foi aplicada uma tipografia contemporânea e serifada no texto, intercalado por ilustrações de página inteira.

As ilustrações de capa invadem também a quarta capa, trazendo ainda mais o leitor para a cena.

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nova editora, novos ares

Nasce uma nova editora para oxigenar nossa realidade. O desenho da marca e o design do site foram feitos pela Entrelinha.

A nova editora leva o sobrenome do editor: Faria e Silva. A marca do editor estará, portanto, impressa em todos os livros. A ideia do logotipo como um ex-libris (esse livro pertence a…) traz a presença do editor, como assinatura nos livros escolhidos para compor o catálogo da casa. 

Com foco em autores brasileiros, mas não limitado a eles, a editora está alicerçada em quatro eixos editoriais:

Texto em transe – literatura de autores contemporâneos, que tragam alguma disruptura, seja nos padrões estéticos e estruturais do gênero narrativo, seja no tema e teor ético abordados.

Lume novo – literatura dos futuros novos clássicos da literatura brasileira, com autores consagrados e ainda em franca atividade literária.

Tarumã (homenagem a inquebrantável árvore brasileira) – literatura dos autores clássicos e suas obras desconhecidas, seja ficção ou não ficção.

Camaleão – novelas gráficas ou história em quadrinhos autorais, conceituais e com traços e texturas diferenciadas, cada álbum assumirá uma identidade própria, assim também o logo do selo será adaptado a cada álbum.

O primeiro livro lançado na coleção Texto em transe será o Mundos de uma noite só, de Renata Belmonte. Tanto o desenho do selo quanto o projeto gráfico do livro são de autoria da Entrelinha.

A capa traz um relicário e na corrente desse objeto é que a história se mostra. Há, no desenho feito com a corrente, as três irmãs, os filhos, o casamento e as histórias entrelaçadas. Na orelha do livro, no desdobramento do relicário aberto, há uma foto, que pode ser interpretada de diversas maneiras, depois da leitura da obra.

O livro (que é arrebatador!) será lançado em março, o convite segue abaixo e estão todos convidados.

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“Catálogo de perdas” (Sesi-SP Editora) é o novo livro de João Anzanello Carrascoza, com fotos de Juliana Monteiro Carrascoza e projeto gráfico de Raquel Matsushita (Entrelinha Design).

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Os contos desse livro possuem um “personagem” em comum: a perda. São narrativas que se apropriam desse mote para contar uma história. Tomei essa ausência como conceito na criação do projeto gráfico.

A capa sofre um corte transversal (faca especial) e, ainda assim, é capaz de abrigar o título, os autores, o logotipo da editora. Ou seja, apesar da perda, a capa continua sendo uma capa.

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A dobradura da capa esconde parte de uma foto, uma memória, que, por sua vez, se estende até a quarta capa. A foto, que representa uma lembrança, é o que fica por trás de uma perda.

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A ideia da ausência se repete nas letras em grande dimensão, que se encontram em ordem alfabética junto ao título de cada conto. Há um corte transversal no desenho da letra, e mesmo com a ausência de uma parte, ela se mantém reconhecível.

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O título dos contos é um objeto significativo de cada história. A partir desse objeto, desenvolve-se duas narrativas: uma de texto e outra de foto. O projeto gráfico valoriza a força particular de cada uma delas, prevendo a leitura em separado. No entanto, o título está posicionado de forma a compor com ambas as narrativas. Isso foi possível aplicando uma dobra em todas as páginas do miolo.

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O livro foi impresso pela gráfica Ipsis, no papel couchê furioso, com uma cor pantone (bege) + dois tons de preto, o que resultou numa impressão gráfica impactante.

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O lançamento acontece no dia 09/11/2017, às 19h30, na Livraria da Vila – Fradique Coutinho. Estão todos convidados!

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